Dia 22 - Ponferrada - VILLAFRANCA DEL BIERZO (23.5km)

E para minha infelicidade fez calor de novo. Um inferno que foi melhorado pela geografia do local, com muitas arvores, muitas frutas, e distancias menores entre as cidades.

So fica o ponto negativo do albergue de ontem, que o local era muito bom. Mas ja nao tinha agua quente(toda vez que disser isso entende-se que nao tomei banho, so lavei os pes) e a mulher da portaria era brasileira muito esnobe. Muitos reclamaram da atitude meio esnobe dela. Eu de cara achei a mulher chata, pois disse que sua filha morava na Oscar Freire. Como se eu fosse inferior. Mas ela esqueceu que o preco do albergue era donativo. donativo meu? Todas as moedas de 1 centimo que tinha e mais 10 centimos. Nada mas.

Comemos em um lugar meio tosco, e que nao deu para matar a fome. E isso sem contar com a garconete muito grossa. Parecia um dia de ter muita paciencia., Quem leu o post anterior ficou com a sensacao que terminei rapido demais, e fiz isso mesmo, porque no albergue a moca estava dando uma de tia chata e quase puxou o cabo de energia sem falar nada.

De manha o albergue fechava as 7:30. O UNICO do caminho que fazia isso, neste horario escroto. Fui dormir e nem li livro que me dispus a ler.

E voltando o dia de caminhada de hoje, no meio do dia, em que revezei ir na frente, cansar e esperar a Sophia, que vinha lenta, e por ser branquinha ficava vermelha como um caqui. Nisso conheci duas garotas da Alemanha, e uma ficou a conversar com a Sophia e a outra comigo. Kristina era uma mocinhas de 19 anos, que estava a comecar o caminho hoje. Esta cheia de planos e cheia de ideias. Ate pensar em alugar um burro para ir pelo caminho carregando as coisas ela ja pensou. E me perguntou coisas de como e fazer o caminho e etc. E claro com pouco peso nas mochilas, e corpo zerado decidiu ir para a proxima cidade, o que faria em um dia simples 30km de caminhada. Quero ver depois de uns 4 dias acordando todo dia cedo e andando sem parar.

Hoje ja houve um sinal de alerta, o qual eu e Sophia conversamos sobre o caminho. Encontramos o primeiro albergue lotado. E sorte que tem um outro logo em frente. Pois como disse nao estou a fim de andar mais no sol. E fui prontamente atendido com um largo sorriso da atendente, que pude testar meu portunhol perfeito. E descobri que tambem ha uma brasileira aqui trabalhando. Muito diferente da de ontem, e uma pessoa jovem, simpatica, humilde e prestativa. E tambem paulista do Jaguare. Cristina salvou a imagem que tinha de brasileiros hospitaleiros.

Ha um gupo gigantesco de adolescentes com uns monitores fazendo o caminho tambem. E isso deve ser o desequilibrio de vagas nos albergues. Algo revoltante esta acontecendo, e eu estou puto com isso. Eles vao e RESERVAM a porra do alberge. Ou seja, um grupo de 30 ou 40 pessoas(nao estou exagerando) lotam o albergue e ainda tem direito de reservas. O mesmo ja vem enervando nas missas nas iggrejas e paroquias. PEnso que amanha irei fazer uns 30km, e ficar uma cidade a frente desta multidao que esta tirando vagas que pareciam certas.

Hoje Sophia quer uma tortilla e eu quero somente comer. Nada mais. E claro aproveitar a compania de John, o canadense, que e a simpatia em pessoa. Com ele com certeza algumas roubadas ficam divertidas como ficar perdido hoje na saida de Ponferrada.

Com relacao a risadas, fui a um restaurante ontem e perguntaram se eu queria um estofado. Eu disse que nao, afinal tenho um na sala de casa, e era muito pesado para carregar. Estofado e uma torta recheada de algo.

Conversando de politica com todos, NINGUEM esta satisfeito com o governante que tem. A maioria reclama por eles serem de direita ou extrema direita. Somente o da espanha esta sendo acusado de ser `rojo` por se aproximar de Fidel. Acredito que seja algo a se meditar sobre as opinioes colhidas de tantas pessoas diferentes de paises diferentes.