sexta-feira, 22 de junho de 2007

Dia 11 - Burgos a Hornillo del Camino

Hoje o dia foi solitario.

Andar sem compania, faz voce pensar muito em voce mesmo, e em como algumas pessoas do seu lado fazem o caminhar ser mas breve. As dores dos pes acabaram, as meias eram agora as meias certas, e que o inferno aguarde a pessoa que inventou as meias quechua. Apenas as dores normais de caminhar muitos quilometros ficaram. Acreditoq ue isso seja normal , pois caminhar 25km, com mochila, e de doer mesmo.

Fiquei em um albergue municipal, construido com pedras bem antigas, e apos uma comida rapida fui tomar um banho. De inicio a agua era quente. Bem quente, devo dizer. POREM, para a minha infelicidade, quando alguem lavava alguma coisa na cozinha, a agua quente ia embora. Fiquei meio mau humorado com isso, lavei o necessario, e fui para a cozinha cozinhar algo.

Tive uma conversacao com pessoas do reino unido, com um ingles com sotaque e voz identica ao George Martin(o quinto Beatle). E alguns rapazes da irlanda. E como a mulher da recepcao nao falava nada de alem de um espanhol rapidissimo, fiquei a ajudar a traduzir tudo para ela e para quem chegava estrupiado e queria apenas um lugar para dormir. Foi talvez o primeiro dia que recebi um elogio pelo meu espanhol. Fiquei feliz, devo agradecer muito a Ana Paula e a doce Amelie por isso. Aprendi muito com elas.

Amelie, infelizmente, teve de interromper o caminho para ir parea Sevilla. Para compromissos com familiares distantes, e para dancar e se divertir na terra do Flamenco. Fico a imaginar ela enlouquecer com todas as castanholas e tamacos a venda pelas ruas. Ana Paula, por motivos de tempo, pegou um onibus e foi para a cidade de Leon. Esta cidade que estarei em uma semana, fica a 200km de Santiago. Sentirei falta das companias tao importantes para meu caminho.

Como me falaram, o relevo aqui e mais plano, e tem campos infinitos de trigo a se perder de vista. O que faz com que as reflexoes sejam inevitaveis, e que a constatacao de que o desapego ja aconteceu antes de eu mesmo perceber.

Recordando coisas engracadas, muitos foi com a Amelie. Os primeiros foi quando falava que meus pais moravam em uma cidade diferente da minha, e que meu avo morava na mesma, e etc. Morar em espanhol e morrer. Ou seja, ela achava que eu era quase orfao... O segudo foi quando passamos em uma frutaria, e ela disse que adorava paraguayas. Que nao tinha muitas em Quebec, e que na espanha tinha bastante. E Pergunto9u se eu ja tinha comido paraguayas. Eu pensei que nao, claro(nao que me recorde). Foi quando perguntei o que era paraguayas, e foi explicado que sao umas nectarinas meio amassadinhas. Nem precisa dizer que eu quase morri de rir.

Hoje estou exatamente no meio do caminho para Hornillo del Caminho, e verei se consigo postar fotos por la,. Aqui apenas consegui colocar fotos no iPod, mas nao consegui publicar. Infelizmente. Muitas das fotos ficaram muito legais, com muitos detalhes importantes, e parece mesmo a contar uma historia de caminho mesmo. Para quem tiver mais paciencia para minhas historias, conto mais tarde.

Sobre comidas, apenas digo que estou de saco cheio de `bocadillos` que sao paes com presunto espanhol e queijo. Sao baratos, mas deixa voce enjoados. No supermercado sempre tem as mesmas coisas, e por isso ando ficando de saco cheio de cozinhar a mesma coisa tambem. As frutas ando me entupindo de pessegos, que sao abundantes na espanha.

Ando com saudade de todos os amigos : Mariella, Alex, Cesinha, Carlos, Herla, Maca, Maysa, Mirella e etc..... E aconselho a todos a fazerem o caminho, pois e uma viagem de mochileiro de verdade... Cada dia em um lugar e cada dia uma surpresa.

Faltam 9km ate a proxima cidade, mas com o ipod fica mais facil....

Hoje? Mais solidao, e mais reflexao. E agora.. ando ate esquecendo o portugues, pois ando falando mais naturalmente....

adios compadres

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